domingo, 3 de agosto de 2008

Nosso "Muito Obrigado" ao amigo e colaborador Argus Montenegro


MESTRE SÃO PESSOAS ESPECIAS QUE NOS ENSINAM E NOS DEIXAM GRANDES EXEMPLOS.
Um obrigado e nossas homenagens a uns dos maiores bateristas do Brasil, que queremos lembrar sempre com muito carinho.
Argus começou sua carreira no rádio e na televisão, trabalhou 10 anos acompanhando cantores, pequenos grupos e orquestras, somando até o presente momento um total de , aproximadamente, 200 cantores famosos no Brasil e exterior. Seria muito difícil dizer com quem ainda não trabalhou
Baterista de larga experiência, já fez todos os tipos de trabalho no Brasil e no exterior. Já trabalhou a bordo de transatlânticos espanhóis, tocando música instrumental por mais de 40 países.
Atualmente tem uma escola de bateria em Porto Alegre mantendo uma quantidade de alunos muito expressiva. Não tem como calcular quantos músicos já passaram pelas suas orientações, ficando difícil numerar quem não estudou com ele no sul do Brasil.
Bateristas como Nenê(Hermeto Paschoal), Kiko Freitas(Fábio Júnior) e outros que já não estão mais no Brasil, estudaram com Argus.
Argus é um baterista especializado em Jazz, Bossa Nova e Música Centro-americana.Argus faleceu dia 15/6/2008 em Porto Alegre.

Matéria Música e Mercado co Clóvisa Ibañez



O rei das baquetas
Por. Regina Valente
Publicado em: 17/11/2006
Clóvis Ibañez, baterista que fundou há 21 anos a fábrica de baquetas que leva seu nome, inaugura esta seção da revista que homenageará os grandes empresários do mercado musical brasileiro
“Não planejei ter a música como atividade profissional. Ela se apresentou com uma virose que me colocou de cama por alguns dias quando eu tinha 12 anos. Um amigo baterista me visitou levando vários discos de jazz, do Armstrong, Budy, Rich, Dizzi, Miles Davis e eu me encantei”, conta Clovis Ibañez, que hoje comanda a fábrica de baquetas C.Ibañez, em Porto Alegre (RS). Na época da tal virose, a convivência com o jazz e os discos do amigo despertou nele o desejo de fazer música. Comprou uma harmônica e começou a soprar as primeiras notas. “Algum tempo depois, descobri os macetes da gaita e fui tocar em um grupo de música instrumental. Tudo aconteceu muito rápido, pois eu era um bom autodidata”, lembra Ibañez, que passou em seguida para a bateria, por ser um instrumento maior. “Senti que ofereceria um novo desafio.”Nas décadas de 1950 e 1960, antes mesmo do surgimento do rock, o já baterista Clovis tocava em um grupo de baile – formação comum na época – chamado Flamingo. O som do grupo fez sucesso e chegou até a gravar pela norte-americana Audio Fidelity. “A própria Elis Regina se apresentou com o Flamingo por um tempo”, conta Ibañez. Depois disso, as portas se abriram e a carreira musical do baterista deslanchou.
Da música para a fábricaQuando começou a tocar profissionalmente, na década de 1960, o mercado de baterias nacional tinha como destaque marcas como a Gope e as famosas Pingüins, com dois tons de igual tamanho. As importadas eram raras e bem mais caras. “Mas já se viam Rogers, Slingerlands, Ludwigs e Trixons, com um revolucionário bumbo oval, e as Gretsch, claro”, aponta Ibañez. No caso das baquetas, não havia, naquela época, marcas notórias nacionais ou importadas. Eram vendidas ou produzidas pelos fabricantes de baterias, com qualidade bem inferior às de hoje. “Usei muitas baquetas Gretsch modelos Mel Lewis ou Don Lamond, de nogueira. Nessa época eu nem sonhava em produzir baquetas”, lembra o músico, que tornou-se dono de seu próprio negócio de baquetas somente 25 anos depois, em 1985.Com dificuldade de encontrar baquetas para efeitos e solos que fossem leves, Ibañez teve a idéia de criar um modelo pequeno e rápido para uso próprio, que servisse para bateristas e percussionistas. “Um artesão torneou à mão alguns pares, obedecendo minhas especificações, até chegarmos ao modelo definitivo. Depois, usinou o feltro para a bitola desejada. Assim, nasceu a baqueta Tympani, com dimensões semelhantes às que temos hoje (365 x 13,8 mm), que conta com quatro modelos”, explica. N
C.Ibañez em númerosMais de 100 modelos de baquetas Crescimento de 7% em 2006 (estimativa)2 marcas “filhote”: B séries e X Pro
21 anos depois...A C.Ibañez é hoje uma marca reconhecida nacional e internacionalmente. “Esse pioneirismo está consumado e não há como ser revertido”, destaca o empresário, um grande apaixonado pela música e pelo que faz. “Uso qualquer oportunidade para estudar ou lançar novas idéias. Meu prazer é estar perto da produção, fico na fábrica das 7h30 às 18h e gosto disso. O controle de qualidade me entusiasma mais do que mesas de escritório”, diz Ibañez, que acredita no potencial do setor. “As baquetas nacionais possuem total domínio do mercado brasileiro, em torno de 90%. O Brasil é, provavelmente, o único caso de país auto-suficiente neste produto”, comenta.
Por outro lado, a concorrência acirrada provoca uma disputa por mercado balizada apenas pelo preço. “São mais de dez fábricas e pequenos artesanatos. Enquanto as marcas americanas reputam bem seus produtos com qualidade e preços equivalentes, no Brasil a concorrência é feita pelo preço. O resultado é que, aos poucos, os pequenos fabricantes, que não têm custos operacionais, acabam ficando pelo caminho, vítimas de sua própria política: preços baixos, muita rentabilidade e muita concorrência”, finaliza.